Marcello Casal JrAgência Brasil – 01.04.2020
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta sexta-feira (23), durante participação na Live JR, que a vacinação em massa contra a covid-19 vai exigir uma “operação logística de guerra” das Forças Armadas.
“É lógico que as Forças Armadas vão participar. Nós não podemos nos furtar a isso. Ainda não existe um planejamento efetivo, mas para a gente é muito fácil, porque já temos comandos conjuntos montados e uma tradição em operações”, disse.
Ele avaliou ainda que participar de qualquer campanha de vacinação conta a doença respiratória “vai ser motivo de satisfação das Forças Armadas”.
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Azevedo relatou que há 10 comandos conjuntos atuando com 30 mil homens em várias ações de combate à doença. “Já demos o equivalente a mais de 21 voltas no planeta no apoio à população para combater a covid-19”, disse aos jornalistas Celso Freitas, Christina Lemos e Luiz Fara Monteiro.
Entre as ações, o ministro garantiu que já foram atendidos cerca de 100.000 indígenas. “Eu acho que essa é uma contribuição muito valiosa para essas populações que vive em áreas de difícil acesso”, avaliou.
O ministro da Defesa também elogiou a compra dos 36 caças da sueca Gripen, encomendados pela FAB (Força Aérea Brasileira) e que foram motivo de polêmica em 2014. “Não tenho dúvida de que foi uma escolha bem estudada, bem pensada e bem avaliada em relação ao custo-benefício. É uma aeronave moderna”, afirmou ele.
Ele recorda que boa parte dos componentes das aeronaves serão fabricados no Brasil, garantindo empregos por aqui. “Foi bom para a Suécia, mas foi também muito bom para o Brasil, para a indústria brasileira e para a Força Aérea”, avaliou.
Para Azevedo, os caças são “aeronaves de ponta” que “chegam em boa hora” para atender aos interesses nacionais. “O mundo já tem o modelo F-35 e nós ainda estamos com o F-5”, disse o ministro.
Questionado, Azevedo descartou a possibilidade da crise causada pelo novo coronavírus atrasar a entrega das demais unidades das aeronaves. “O Orçamento é o nosso oxigênio e aquele previsto para a defesa para 2020 e 2021 contempla os projetos estratégicos. Não da maneira como desejávamos, mas é suficiente para honrar os compromissos, inclusive os com a Gripen”.
As entrevistas acontecem todas as sextas-feiras. O público pode acompanhar ao vivo na Record News, pelo R7 e pelas redes sociais do Grupo Record. Além disso, haverá exibição de trechos no Jornal da Record e no Fala Brasil.
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